Bananada de Goiaba

Não tenho nada para contar.

Não tenho recados para dar a ninguem (1), não tenho coisas novas (2) dignas de um post…


A minha vida é parecida com um comboio de peças de domino em pé.
É por isso que quando uma caí, e bate na da frente, deixa cair a seguinte e por aí fora
(nunca tive jeito para pintar com palavras, por isso imaginem…).

Isto para explicar que, não se avariou mais nada lá em casa.
Inventei um truque: deixei um espaço grande entre as peças, assim, quando uma cair, não vai bater na peça seguinte!

E porque é que eu falei nisto, se não tinha nada para contar?
Nem eu sei…

Podia contar que a Eliana levou ontem o camaleão lá a casa.
O bicho chegou escuro, andou pelo chão da sala e ficou claro.
Atingiu a felicidade pura ao ficar verde, quando o coloquei na minha pequena árvore de florinhas brancas!
Comeu um grilo vivo, o que foi uma cena muito educativa aos olhos das minhas filhas, que viram (ao vivo e a cores) as patinhas e os bigodes do grilo pendurados na boca do camaleão, e o grilo vivo a ser mastigado naquela lingua gorda e pegajosa…um momento Nacional Geografic em cima da mesa da sala.

Não ficaram impressionadas porque o grilo não deitou sangue! (just kidding)

As miudas gostaram tanto do bicho que perguntaram logo por quanto é que o Terras queria vender-lhes o tal reptil.
A Sónia perguntou-lhes logo se gostavam que o pai também vendesse a Giga, ao que o pai respondeu sem exitar: “DOU!”
Quando chegou a hora do réptil ir para a casa do dono, não tive coragem de o tirar daquela planta.
O resultado foi dramatico para a Eliana que foi-se embora abraçada a um enorme vaso forrado com uma rede para mosquitos.

Agora criei um dilema: quando as aulas começarem vou ter que levagar as minhas monstras para a escola dentro da cama…



(1) – até tenho: para a minha querida ex-amiga Paula, mas não me apetece.
(2) - até tenho: duas toalhas de mesa e uma manta ás riscas coloridas.