Tornei a ter uma daquelas noites em que parece que mergulho para uma outra vida, entro numa outra dimensão!
Acordo estoirada sempre que isto me acontesse.
Acordo atordoada… acordo toda transpirada!
O sonho, ou pesadelo, nem eu sei como classificar tal consciência nocturna,
que tive na semana passada contei-o apenas ao Márinho e ás Donas Monstras.
Foi um assunto mais interessante para a hora do jantar do que o telejornal na tv.
Partilharam todos os promenores da minha angustiante experiência.
Esta semana tornou a acontecer. Foi á duas noites atrás e este vou deixa-lo aqui descrito:
Eu tinha que comprar um Bolo Rei.
Era imperativo que o fizesse, fosse lá por onde fosse...
… tinha que comprar um Bolo Rei!
Perguntei a várias pessoas
(não me lembro de alguma ser conhecida)
onde é que o poderia encontrar um Bolo Rei e
desenrola-se então uma busca incessante e desesperante…
Fui parar á tal rua que me apontaram.
Era uma rua a subir, extremamente ingreme e com passeios largos em pedra da calçada.
No meio da rua havia um separador central igualmente feito com pedras da calçada.
Estava completamente deserta. De gente e de carros mas eu entro em pânico porque não sei onde estacionar o carro (que não era o meu carro na vida real - não sei que carro era!).
Depois desta aflição, estou dentro da dita padaria. Estranha e cheia de gente!
Parecia uma mercearia medieval, toda em madeira castanha escura. A luz também não abundava lá dentro.
Lembro-me de ficar na duvida - no sonho - se estaria de facto numa padaria ou numa taberna.
As pessoas eram esquisitas, eram todas velhas… velhos e velhas! Não havia gente nova!
As roupas também se pareciam em muito com os trajes medievais e os seus rostos não eram os mais afaveis!
Toda aquela gente tinham uma senha amarela na mão.
Perguntei a um velho feio e com ar de mau onde é que eu poderia tirar uma senha, já que aquele aparelho vermelho do porta-senhas (tão comuns no nosso dia a dia), estava vazio.
Conforme o homem se vira para mim, aquela enchente de gente vira-se também.
(quando o sonho me veio á memória recordei esta cena como sendo muito parecida a um teledisco muito muito antigo do Michael Jackson - quando ele ainda era preto - o Thriller!)
Num segundo, fico com uma multidão de gente monstruosa a olhar para mim. O velho grita-me:
- Não tem senha? Não tem senha? As senhas são vitalicias, se não tem senha, não vai ter nunca!
E, de repente, toda aquela gente velha e sombria, grita em coro e em sintonia com o velho:
- Não tem senha não entra!!!
Acordo sobressaltada e a ofegar… muito anciosa penso: “Mas eu só queria comprar um Bolo Rei!!!”
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# publicado por
Cristina em
3/11/2005 02:46:00 da tarde