Ora bem, eu só quero explicar uma coisa á
Ameixinha, á qual devo as peles de extra-terrestres dos Sims para as minhas filhas depressa se enjoarem, mas enfim...
Esta parte do nunca-estão-satisfeitas, também passei e lembro-me muito bem dela, aliás, acho que nunca a superei!
Oh minha cara
garota, o conflito de gerações, por mais esforços que façamos, nunca deixará de existir, e não é pelo facto de nos esquecermos de quem fomos!
Não. Isso jamais é esquecido (atenção, eu só falo por mim!).
Como é obvio, todos os pais, todas as mães, já foram adolescentes. Cada um á sua maneira e cada um na sua época, no seu meio.
A questão aqui não se trata na falta de compreensão, ou trata-se... eu prefiro encara-la como uma critica meramente positiva em relação á moda, aos gostos, á tendencia “rebanheira” da coisa em si.
Ok, poderá a minha
querida garota confrontar-me com, por exemplo, a geração hippie dos anos 70 a qual, apesar de ser miuda, a vivi intensamente e com grandes reflexos mais tarde na minha adolescência nos anos 80´s.
A minha mãe, por acaso nunca implicou com as minhas roupas, ás vezes malucas e toda de preto, outras meia beta de laranja beneton e outras havia que rapava a cabeça a pente 1.
Mas, durante os anos 70 sempre assisti aos meus avós implicarem com as saias até aos pés e sem saiote da minha tia Alda, tipica-pré-adolêscente. Chegavam mesmo a dizer “
que rico exemplo para os teus sobrinhos”, o que veio a confirmar-se mais tarde.
Na minha casa, só o meu pai é que implicava um bocadidinho de nada. Quando eu vestia uma mini-saia (mini mini), proibia-me de sair assim e ordenava-me para que fosse trocar de saia. Sempre respeitei a vontade dos meus pais, e eles podem confirma-lo se soubessem que eu tenho um blog, mas isso não convém agora... fica para mais tarde.
Como eu estava a recordar, o meu paizinho mandou-me trocar de saia e eu, sempre fui a querida dele, fui trocar, mas por outra de igual tamanho. Ele desistiu e eu sai, na minha acelera, Á TARDE!!! Sim, eu só podia sair á tarde porque, no entender do meu pai, á noite não havia sol.
(
eu sabia que isto ía dar um post enorrrrrrme!!!)Em relação ás saidas, vou utilizar a filosofia do meu pai, que consistia no facto de nunca nos ter obrigado a comer sopa porque ele odiava sopa e os meus avós obrigavam-no a come-la.
... ai, está confuso, mas seguindo o raciocinio do NÓS-OS-GRANDES-NUNCA-COMPREENDEMOS-OS-JOVENS.
É FALSO. Nós, ou melhor,
eu só tento que
ela não seja carneiro e adquira uma imagem propria que a identifique a ela como pessoa e não ela como grupo-simbolo-de-moda-saloia, neste caso parola mesmo.
Se calhar sou eu que não me explico muito bem, mas que doi criar uma filha para depois ela, num punhado de gente, não se distinguir como minha filha, ai isso doi!
Só mais uma coisa, agora com coração de velhota:
Da minha modesta vivencia maternal, posso dizer que não existem melhores-mães-do-mundo. O que para nós parece-nos o mais acertado, para os rebentos pode não o ser e
é muito complicado gerir isto!
Agora, mais do que nunca, entendo muito bem o que é que a minha mãe queria dizer com o “
quanto mais crescem, pior ficam”!
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# publicado por
Cristina em
9/19/2005 11:34:00 da tarde